domingo, 18 de agosto de 2013

Dias Difíceis

   
   Em seguida a mãe e os irmãos de Jesus chegaram; eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. Muita gente estava sentada em volta dele, e algumas pessoas lhe disseram: — Escute! A sua mãe e os seus irmãos estão lá fora, procurando o Senhor. Jesus perguntou: — Quem é a minha mãe? E quem são os meus irmãos? Aí olhou para as pessoas que estavam sentadas em volta dele e disse: — Vejam! Aqui estão a minha mãe e os meus irmãos. Pois quem faz a vontade de Deus é meu irmão, minha irmã e minha mãe. Marcos 3:31-35 

   Estamos vivendo dias muito difíceis, a frieza e falta de amor, o mundo iludido pelo príncipe das trevas tem enlaçado multidões, e observamos com tristeza pessoas que amamos que fazem parte da nossa família, indo em direção ao abismo.
   Quando Jesus falou que qualquer que fizesse a vontade do Pai, era sua mãe e seus irmãos, é possível que muitos que ouviram isso não entenderam, mas, nós hoje entendemos o que significam essas palavras. E a cada dia que passa as compreendemos melhor.
   Existe uma grande divisão nas famílias, e não é uma situação diferente pra quem recebeu seu único e suficiente Salvador, lavou seus pecados e vive em novidade e vida, sofremos ao ver nossos queridos à deriva no mar revolto dessa vida.
   Contudo, quando Jesus fez essa declaração, estava deixando claro quem realmente faz parte da família eterna, de quando aceitamos o Filho do Criador, e somos eleitos filhos por adoção, e reconciliados com o Pai, passamos a concidadãos dos santos e da família do Eterno.
   E é claro que quem escolhe viver em Cristo sofrerá certas perdas e dores, pois, muitos serão chamados e poucos escolhidos! Infelizmente podemos notar o distanciamento que ocorre quando não mais compartilhamos o mesmo mundo, as mesmas rodas, as mesmas convicções, as mesmas doutrinas que aqueles que não receberam ou não reconheceram o amor da verdade, e ainda que nos sejam tão próximos estão muito distantes.
   Nesse momento começamos a perceber quem são de fato nossa mãe, nossos irmãos e irmãs, não que não consideramos mais a nossa família, continuamos a amá-los, sentimos e entendemos o que é compaixão, porém, são eles que não conseguem mais vislumbrar em nós uma família, são eles que não entendem ou não aceitam que somos encorajados, motivados, e que compartilhamos, a unidade do Espírito, pelo vínculo da paz, adotamos e somos adotados, ganhamos irmãos , irmãs, pais e mães , que serão eternamente uma única e verdadeira família.
   E é fazendo a vontade do Pai que somos reconhecidos como filhos, e é assim que reconhecemos quem são nossos irmãos... E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna. Mateus 19:29 
   Na verdade, Jesus não falava de abandono, mas, de deixar de viver por eles e como eles, para viver com Jesus, e para Ele, e por Ele, afinal, aquele que O ama guarda e cumpre os seus mandamentos, o que é impossível se não deixarmos tudo por amor do Seu nome... 
   É inevitável que alguns acabem por se afastar, pois, sentem comichão nos ouvidos... não há concórdia entre uns e outros... Mas, entre família... dói... é duro esse discurso, mas... Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.
   Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.
   Fazer o mal , é andar em trevas, é desconhecer a luz verdadeira, é não admitir sua miséria, seus pecados, é viver pelo hoje, sem esperar o juízo vindouro, ou mesmo sem acreditar na justiça do SENHOR. 
   Lembrem-se Deus é justo e está vendo todas as coisas! Pois, chega um momento que já não convém continuar, é como jogar pérolas... só nos resta amar e não compactuar com suas obras e vidas que estão voltadas ao mundo e a todos esclarecer que temos um único e verdadeiro Pai e SENHOR, e que Ele está acima de tudo e de todos. 
   Minha mãe, meus irmãos e irmãs são aqueles que fazem a vontade do Pai. 
   Que o Deus Todo Poderoso tenha Misericórdia das nossas vidas.

Marcelo Shidue Barros.
Pastor da Igreja Salvos pela Graça.

sábado, 3 de agosto de 2013

Fidelidade a Deus



 
Fidelidade a Deus



Há uma expressão que aparece pelo menos quatro vezes nas Sagradas Escrituras: “O justo vive pela fé”





  • Eis que a sua alma está orgulhosa, não é reta nele; mas o justo pela sua fé viverá.
    Habacuque 2:4
  • Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé.
    Romanos 1:17
  • E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé.
    Gálatas 3:11
  • Mas o justo viverá pela fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.
    Hebreus 10:38

   A fé pode ser e é indicada pela “fidelidade” a Deus. No entanto, “” e “fidelidade” embora estejam bem próximas, não são a mesma coisa. Mas, Quando temos em Deus, agimos com fidelidade.

  A fidelidade está muito ligada à perseverança e à paciência. Agostinho um dos "Pais da Igreja" disse: “Os que perseveram em vossas companhias sejam vossos modelos. E os que vão ficando pelas calçadas, com esses aumentem vossa vigilância”.

   A atitude daquele que crê e que tem fé é a “obediência e a fidelidade" ao Senhor. Neste sentido o Apostolo Paulo fala aos romanos da “obediência da fé” (Rm 1,5).

  A fé é um ato de adesão a Deus; isto é, submissão que implica obediência à Sua Soberana, Boa, Agradável e Perfeita vontade. Mas, infelizmente a fraqueza da nossa natureza humana impede muitas vezes que a nossa fé seja coerente; quer dizer, às vezes os nossos atos não estão conforme às exigências da fé. Portanto, não basta disser  ``Eu creio``...  é preciso obedecer, assim a atitude de fé se torna coerente.

  Depois que o povo hebreu recebeu a Lei de Deus por meio de Moisés, exclamou: Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos.  Êxodo 24:7

  Esta era a vontade do povo, no entanto, sabemos que este mesmo povo tropeçou tantas vezes prestando culto aos deuses dos pagãos.

  Depois que Josué, conclamou o povo, a ser fiel a Deus, e só a Ele prestar culto na terra que Deus lhe dava, o povo respondeu: Serviremos ao Senhor nosso Deus, e obedeceremos à sua voz. Josué 24:24

  Mas sabemos que logo após atravessar o rio Jordão, e tomar posse da Terra tão esperada, este povo não demorou a render-se aos encantos dos deuses dos cananeus. Isto mostra que não foi fácil para eles e nem será para nós.

  Viver a fidelidade a Deus e difícil, pois também hoje os deuses falsos nos atraem, e querem ocupar o nosso coração.

  A obediência sempre foi e sempre será a prova e a garantia da fidelidade. Foi por ela que Jesus salvou a humanidade, porque fez exatamente o que o primeiro Adão recusara fazer.

  Na obediência radical a Deus o Cristo desatou o nó da desobediência de Adão e nos reconciliou com o Pai.

  A partir daí, a obediência a Deus passou a ser a marca principal daquele que crê. Ela é o melhor remédio para os males que o pecado original deixou em nossa natureza: orgulho, vaidade, presunção, autossuficiência, exibicionismo, etc.

  O profeta afirma que: ...A obediência é melhor do que o sacrifícios... (1Samuel 15,22).

  A outra característica da fidelidade a Deus é o firme propósito de servir-lhe sempre e com perseverança e reta intenção, mesmo nos momentos mais difíceis.

  O Senhor Jesus disse: Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco; eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor! Mateus 25:21

  Tudo o que recebemos de Deus nesta vida, é este “pouco” sobre o qual é testada a nossa fidelidade a Deus.

  Ser fiel a Deus é ter fé e ser obediente às suas regras e leis, à sua vontade, e servir-lhe com toda a alma.

  O Senhor Jesus disse na última Ceia que: Se me amais, guardai os meus mandamentos. João 14:15

  Portanto, amar a Deus, mais do que um “sentimento”, é uma “decisão”: guardar os seus mandamentos, cumprir a sua vontade.

  Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Mateus 7:21

  Amar a Deus é viver os seus ensinamentos.

  Pois, o Senhor Jesus garante que se diante de todas as adversidades, tivermos fé, perseverarmos e manter nossa fidelidade alcançaremos a vitória.

 ... aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo. Mateus 24:13

Que o Deus Soberano e Todo Poderoso seja
Glorificado e Louvado nas nossas vidas!


sexta-feira, 24 de maio de 2013

Phílemon






Filemon ou Filémon ou ΠΡΟΣ ΦΙΛΗΜΟΝΑ  







  
Autoria 

Nesta carta não dúvidas quanto à autenticidade da autoria paulina.
Dentre todas as epístolas de Paulo, Filemon é a que mais se aproxima da forma das antigas cartas privadas.
Seus traços pessoais apelam para a veracidade de Paulo como autor.
É uma das epístolas do Novo Testamento.
Faz parte do chamado corpus paulinum.

Conteúdo 

A carta inicia-se com uma apresentação (1-3).
Logo após, há os agradecimentos a Filemon por seu amor e por sua fé (4-7).
A parte central da carta é o pedido feito a Filemon a respeito do escravo Onésimo.
Este havia fugido e, neste ínterim, se convertido ao cristianismo.
Paulo, então, pede a Filemon que perdoe Onésimo e o acolha como um irmão em Cristo (8-22).
Por fim, há as saudações finais (23) e uma bênção (25).

Estrutura 

a. Saudação (1-3)
b. Ações de Graça (4-7)
c. Intercessão por Onésimo (8-22)
  • O envio de Onésimo a Filemon (8-16) 
  • A pessoa de Onésimo (8-10) 
  • O valor de Onésimo (11)
  • A liberdade de Onésimo sugerida (12-16) 
  • A recepção de Filemon a Onésimo (17-22) 
d. Saudações Finais (23-25)

Epístola 

Há uma conexão grande entre as cartas a Filemon e aos Colossenses.
Além do estilo semelhante, as mesmas pessoas mencionadas em Filémon (como o próprio Onésimo, Arquipo e Lucas, por exemplo) aparecem também em Colossenses.
Isto leva a crer que as duas cartas foram escritas na mesma época, provavelmente entre os anos 59 e 61, período em que Paulo estava preso em Roma.
Filémon é uma epístola dirigida a um indivíduo específico.
Um escravo seu, chamado Onésimo, havia fugido aparentemente depois de um roubo (18).
Em situação desconhecida, Onésimo conheceu Paulo e, pelo testemunho deste, acabou por se converter Filemon (10).
Paulo solicita, então, por meio da carta, que Filemon receba seu escravo fugitivo de volta não como um servo, mas como um irmão.
Dois elementos são notáveis aí: Paulo não usa de sua autoridade apostólica (8-14); e Paulo não pede a libertação de Onésimo.
Ele apela à consciência de Filemon para que o perdoe, ainda que o mantivesse como seu servo.  

Temas  

Pelo menos, dois temas principais são desenvolvidos na epístola: a necessidade do perdão, e a aplicação dos valores cristãos à realidade social.
A expressão da espiritualidade cristã precisava ser traduzida no perdão: esta é a essência do apelo de Paulo a Filemon.
Empregando um trocadilho, o apóstolo escreve acerca de Onésimo, cujo nome significa "útil", que Ele, antes, te foi inútil; atualmente, porém, é útil, a ti e a mim (11), ou seja, as relações mudaram: a utilidade de Onésimo para a Igreja era, agora, maior que para o próprio Filémon.
Perdoar seu escravo fugitivo era prestar um serviço à Igreja.
Quanto à questão da escravidão, Paulo não propõe uma subversão desta instituição característica do período.
O cristianismo, ao que parece, não deveria alterar os modelos sociais vigentes.
Uma mudança interior de atitude era o que se requeria.
Esta mudança interior em Filemon seria mais importante do qualquer mudança na própria instituição da escravidão.

Dados biográficos

Filémon era cristão, dono de escravos.
Sua casa situava-se em Colossos, cidade da parte sudoeste da Ásia Menor, e servia de local de reunião para a congregação de cristãos naquela região.
Pela fraseologia empregada por Paulo, Filémon mostrava ser uma fonte de encorajamento para outros cristãos, sendo um exemplo de fé e de amor.
Paulo considerava-o como colaborador amado.
O desejo de Paulo, de poder visita-lo e permanecer algum tempo com Filémon, reflete favoravelmente sobre a hospitalidade deste homem.
Áfia e Arquipo parecem ter sido membros da família de Filémon, visto que Paulo também se dirige a eles na sua carta particular.
Áfia talvez fosse a esposa de Filemon, e Arquipo pode ter sido filho dele...?!?!
Depreende-se do conteúdo da carta que Filemon poderá ter sido convertido ao cristianismo através dos esforços de Paulo, é provável que Filémon talvez tivesse vindo a conhecer o cristianismo em resultado da atividade de Paulo em Éfeso, onde permaneceu por dois anos, quando "todos os que habitavam no distrito da Ásia (que abrangia Colossos), ouviram a palavra do Senhor", segundo Atos 19:10. (Isso continuou por dois anos, de forma que todos os judeus e os gregos que viviam na província da Ásia ouviram a palavra do Senhor.)  

Objetivo da carta 

A carta foi escrita pelo próprio punho de Paulo e dirigida principalmente a Filémon.
O objetivo ao escrever esta carta era animar Filémon a aceitar de volta o seu escravo fugitivo.
Em vez de Paulo usar sua autoridade como apóstolo para lhe ordenar isso, ele apelou à base do amor e da amizade pessoal.
O escravo, de nome Onésimo, havia fugido.
Presume-se que talvez até tenha furtado dinheiro de Filémon para financiar sua viagem a Roma, onde mais tarde conheceu Paulo e se tornou cristão.
Nessa carta vemos a trama da vida de um escravo, que fugiu do seu senhor, e caiu numa prisão junto com o apóstolo Paulo, deflagrando um encontro com Cristo (10).
Dessa história, ressaltamos as seguintes lições, por intermédio da vida do apóstolo Paulo: - A humildade engrandece enquanto a soberba diminui (1).
Paulo não se apresenta como apóstolo, mas como prisioneiro de Cristo, ao interceder por um escravo, se colocando no mesmo nível dele.
Paulo agradece Deus e engrandece a Filemon em oração pelo relacionamento deste com Jesus e com os irmãos (7). - Não devemos desperdiçar oportunidades de elogiar sinceramente as pessoas (4,5). Somos muito rápidos em criticar. Provérbios 12.18 (Há palavras que ferem como espada, mas a língua dos sábios traz a cura.)
O caminho da depreciação parece ser bem mais fácil para as pessoas, devido à natureza caída e predisposição interior ao mal que todos têm.
Difícil é ser encorajador tendo como ponto de vista as qualidades e não os defeitos. Provérbios 16.24 (As palavras agradáveis são como um favo de mel, são doces para a alma e trazem cura para os ossos.)
Paulo foi um intercessor, mediador e pacificador entre o escravo e seu senhor. Romanos 12.18 (Façam todo o possível para viver em paz com todos.)
Somos embaixadores da paz, logo, chamados para pacificar (16-17).
Construiu pontes ao invés de muralhas ou abismos. Provérbios 15.1 (A resposta calma desvia a fúria, mas a palavra ríspida desperta a ira.)
Seu argumento foi em defesa do recém-convertido, classificando-o não mais como escravo, inimigo ou inútil, mas como irmão, amigo e útil (11).
Percebe-se que as ações de Paulo são iguais às de Cristo por nós.
Esse é um cristianismo atuante de um cristão.
Tudo isso só foi possível pela transformação de Jesus no coração de Onésimo, que teve que se humilhar e voltar pedir perdão e servir ao seu dono, colocando-se a sua disposição como irmão e ou escravo.
E consequentemente, no coração de Filemon que teve que perdoar e aceitar seu escravo agora como um irmão em Cristo.
Um relacionamento só pode ser renovado neste nível se Cristo reinar nos corações. Mateus 5.8 (Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus.)
Conhecendo Filémon como homem de fé e amor, Paulo estava confiante de que receberia novamente o seu escravo que se havia tornado cristão.
Paulo até mesmo pediu que Onésimo fosse recebido tal como se Filémon o estivesse a receber a ele mesmo, o que ilustra a beleza da benignidade, do perdão e da misericórdia que deveria existir entre cristãos.



 ΠΡΟΣ ΦΙΛΗΜΟΝΑ 

1 Παῦλος δέσμιος Χριστοῦ Ἰησοῦ καὶ Τιμόθεος ὁ ἀδελφὸς Φιλήμονι τῷ ἀγαπητῷ καὶ συνεργῷ ἡμῶν
2 καὶ Ἀπφίᾳ τῇ ἀδελφῇ καὶ Ἀρχίππῳ τῳ συστρατιώτῃ ἡμῶν καὶ τῇ κατ’ οἶκον σου ἐκκλησίᾳ,
3 χάρις ὑμῖν καὶ εἰρήνη ἀπὸ θεοῦ πατρὸς ἡμῶν καὶ κύριου Ἰησοῦ Χριστοῦ.
4 Εὐχαριστῶ τῷ θεῷ μου πάντοτε μνείαν σου ποιούμενος ἐπὶ τῶν προσευχῶν μου,
5 ἀκούων σου τὴν ἀγάπην καὶ τὴν πίστιν, ἣν ἔχεις εἰς τὸν κύριον Ἰησοῦν καὶ εἰς πάντας τοὺς ἁγίους,
6 ὅπως ἡ κοινωνία τῆς πίστεως σου ἐνεργὴς γένηται ἐν ἐπιγνώσει παντὸς ἀγαθοῦ [τοῦ] ἐν ἡμῖν εἰς Χριστόν.
7 χαρὰν γὰρ πολλὴν ἔσχον καὶ παράκλησιν ἐπὶ τῇ ἀγάπῃ σου, ὅτι τὰ σπλάγχνα τῶν ἁγίων ἀναπέπαυται διὰ σου, ἀδελφέ.
8 Διὸ πολλὴν ἐν Χριστῷ παρρησίαν ἔχων ἐπιτάσσειν σοι τὸ ἀνῆκον
9 διὰ τὴν ἀγάπην μᾶλλον παρακαλῶ, τοιοῦτος ὢν ὡς Παῦλος πρεσβύτης νυνὶ δὲ καὶ δέσμιος Χριστοῦ Ἰησοῦ•
10 παρακαλῶ σε περὶ τοῦ ἐμοῦ τέκνου, ὃν ἐγέννησα ἐν τοῖς δεσμοῖς, Ὀνήσιμον,
11 τόν ποτέ σοι ἄχρηστον νυνὶ δὲ σοὶ καὶ ἐμοὶ εὔχρηστον,
12 ὃν ἀνέπεμψα σοι, αὐτόν, τοῦτ’ ἔστιν τὰ ἐμὰ σπλάγχνα•
13 ὃν ἐγὼ ἐβουλόμην πρὸς ἐμαυτὸν κατέχειν, ἵνα ὑπὲρ σοῦ μοι διακονῇ ἐν τοῖς δεσμοῖς τοῦ εὐαγγελίου,
14 χωρὶς δὲ τῆς σῆς γνώμης οὐδὲν ἠθέλησα ποιῆσαι, ἵνα μὴ ὡς κατὰ ἀνάγκην τὸ ἀγαθόν σου ᾖ ἀλλὰ κατὰ ἑκούσιον.
15 τάχα γὰρ διὰ τοῦτο ἐχωρίσθη πρὸς ὤραν, ἵνα αἰώνιον αὐτὸν ἀπέχῃς,
16 οὐκέτι ὡς δοῦλον ἀλλ’ ὑπὲρ δοῦλον ἀδελφὸν ἀγαπητόν, μάλιστα ἐμοί, πόσῳ δὲ μᾶλλον σοὶ καὶ ἐν σαρκὶ καὶ ἐν κυρίῳ.
17 Εἰ οὖν με ἔχεις κοινωνόν, προσλαβοῦ αὐτὸν ὡς ἐμέ.
18 εἰ δέ τι ἠδίκησεν σε ἢ ὀφείλει, τοῦτο ἐμοὶ ἐλλόγα.
19 ἐγὼ Παῦλος ἔγραψα τῇ ἐμῇ χειρί, ἐγὼ ἀποτίσω• ἵνα μὴ λέγω σοι ὅτι καὶ σεαυτόν μοι προσοφείλεις.
20 ναί ἀδελφέ, ἐγώ σου ὀναίμην ἐν κυρίῳ• ἀνάπαυσον μου τὰ σπλάγχνα ἐν Χριστῷ.
21 Πεποιθὼς τῇ ὑπακοῇ σου ἔγραψα σοι, εἰδὼς ὅτι καὶ ὑπὲρ ἃ λέγω ποιήσεις.
22 ἅμα δὲ καὶ ἑτοίμαζε μοι ξενίαν• ἐλπίζω γὰρ ὅτι διὰ τῶν προσευχῶν ὑμῶν χαρισθήσομαι ὑμῖν.
23 Ἀσπαζεταί σε Ἐπαφρᾶς ὁ συναιχμάλωτος μου ἐν Χριστῷ Ἰησοῦ,
24 Μᾶρκος, Ἀρίσταρχος, Δημᾶς, Λουκᾶς, οἱ συνεργοί μου.
25 Ἡ χάρις τοῦ κυρίου Ἰησοῦ Χριστοῦ μετὰ τοῦ πνεύματος ὑμῶν.


 Philemon  

1. PAULOS DESMIOS KHRISTOU IÊSOU KAI TIMOTHEOS O ADELPHOS PHILÊMONI TÔ AGAPÊTÔ KAI SUNERGÔ ÊMÔN
2. KAI APPHIA TÊ ADELPHÊ KAI ARKHIPPÔ TÔ SUSTRATIÔTÊ ÊMÔN KAI TÊ KAT OIKON SOU EKKLÊSIA
3. KHARIS UMIN KAI EIRÊNÊ APO THEOU PATROS ÊMÔN KAI KURIOU IÊSOU KHRISTOU
4. EUKHARISTÔ TÔ THEÔ MOU PANTOTE MNEIAN SOU POIOUMENOS EPI TÔN PROSEUKHÔN MOU
5. AKOUÔN SOU TÊN AGAPÊN KAI TÊN PISTIN ÊN EKHEIS PROS TON KURION IÊSOUN KAI EIS PANTAS TOUS AGIOUS
6. OPÔS Ê KOINÔNIA TÊS PISTEÔS SOU ENERGÊS GENÊTAI EN EPIGNÔSEI PANTOS AGATHOU TOU EN ÊMIN EIS KHRISTON
7. KHARAN GAR POLLÊN ESKHON KAI PARAKLÊSIN EPI TÊ AGAPÊ SOU OTI TA SPLAGKHNA TÔN AGIÔN ANAPEPAUTAI DIA SOU ADELPHE
8. DIO POLLÊN EN KHRISTÔ PARRÊSIAN EKHÔN EPITASSEIN SOI TO ANÊKON
9. DIA TÊN AGAPÊN MALLON PARAKALÔ TOIOUTOS ÔN ÔS PAULOS PRESBUTÊS NUNI DE KAI DESMIOS KHRISTOU IÊSOU
10. PARAKALÔ SE PERI TOU EMOU TEKNOU ON EGENNÊSA EN TOIS DESMOIS ONÊSIMON
11. TON POTE SOI AKHRÊSTON NUNI DE [KAI] SOI KAI EMOI EUKHRÊSTON
12. ON ANEPEMPSA SOI AUTON TOUT ESTIN TA EMA SPLAGKHNA
13. ON EGÔ EBOULOMÊN PROS EMAUTON KATEKHEIN INA UPER SOU MOI DIAKONÊ EN TOIS DESMOIS TOU EUAGGELIOU
14. KHÔRIS DE TÊS SÊS GNÔMÊS OUDEN ÊTHELÊSA POIÊSAI INA MÊ ÔS KATA ANAGKÊN TO AGATHON SOU Ê ALLA KATA EKOUSION
15. TAKHA GAR DIA TOUTO EKHÔRISTHÊ PROS ÔRAN INA AIÔNION AUTON APEKHÊS
16. OUKETI ÔS DOULON ALL UPER DOULON ADELPHON AGAPÊTON MALISTA EMOI POSÔ DE MALLON SOI KAI EN SARKI KAI EN KURIÔ
17. EI OUN ME EKHEIS KOINÔNON PROSLABOU AUTON ÔS EME
18. EI DE TI ÊDIKÊSEN SE Ê OPHEILEI TOUTO EMOI ELLOGA
19. EGÔ PAULOS EGRAPSA TÊ EMÊ KHEIRI EGÔ APOTISÔ INA MÊ LEGÔ SOI OTI KAI SEAUTON MOI PROSOPHEILEIS
20. NAI ADELPHE EGÔ SOU ONAIMÊN EN KURIÔ ANAPAUSON MOU TA SPLAGKHNA EN KHRISTÔ
21. PEPOITHÔS TÊ UPAKOÊ SOU EGRAPSA SOI EIDÔS OTI KAI UPER A LEGÔ POIÊSEIS
22. AMA DE KAI ETOIMAZE MOI XENIAN ELPIZÔ GAR OTI DIA TÔN PROSEUKHÔN UMÔN KHARISTHÊSOMAI UMIN
23. ASPAZETAI SE EPAPHRAS O SUNAIKHMALÔTOS MOU EN KHRISTÔ IÊSOU
24. MARKOS ARISTARKHOS DÊMAS LOUKAS OI SUNERGOI MOU
25. Ê KHARIS TOU KURIOU IÊSOU KHRISTOU META TOU PNEUMATOS UMÔN

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Retendo firme a fiel palavra



TITO  I capitulo

 Paulo, servo de Deus, e apóstolo de Jesus Cristo, segundo a fé dos eleitos de Deus, e o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade,  Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos;  Mas a seu tempo manifestou a sua palavra pela pregação que me foi confiada segundo o mandamento de Deus, nosso Salvador;
A Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé comum: Graça, misericórdia, e paz da parte de Deus Pai, e da do Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador.  Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei:
Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes.
Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância;
Mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante; Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes.
Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da circuncisão,  Aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância.
Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos.
Este testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé.  Não dando ouvidos às fábulas judaicas, nem aos mandamentos de homens que se desviam da verdade.
Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis; antes o seu entendimento e consciência estão contaminados.
Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda a boa obra. 
“... essa é a palavra de Deus!...”