segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Comunidade ou Massa


Quando pessoas têm idéias valiosas, convicções éticas sólidas, vontade de desenvolver todas as possibilidades de seu ser, tendem a unir-se solidariamente e estruturar-se em comunidades.
Devido a essa união interna, uma estrutura comunitária torna-se inexpugnável. Pode ser destruída de fora para dentro com meios violentos, mas não dominada interiormente por meio de assédio manipulador.
Quando pessoas que integram uma comunidade perdem a capacidade criadora e não se unem entre si com vínculos fortes e firmes, deixam de integrar-se em uma verdadeira comunidade; tornam-se um amontoado de meros indivíduos: uma massa.
O conceito de massa é qualitativo, não quantitativo. Uma centena de pessoas que se manifestam com um sentido bem definido e ponderado não constitui uma massa, e sim uma comunidade, um povo. Duas pessoas, que compartilham a vida numa casa, mas não se encontram devidamente unidas formam uma massa.
A massa é formada por seres que agem entre si como se fossem objetos, através de justaposição e choque.
A comunidade é formada por pessoas que unem suas virtudes, valores e âmbitos de vida para dar lugar a novas metas e objetivos enriquecendo-se mutuamente.
A massa é facilmente dominável e manipulável pelos sequiosos do poder, pois não ha unidade interna.
A primeira preocupação de todo e qualquer tirano, tanto nas ditaduras como nas democracias, tanto nos centros comerciais ou nos meios religiosos, é privar as pessoas, na maior medida possível, da capacidade criadora. Tal despojamento se leva a cabo mediante as táticas de manipulação.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010


Cristianismo

O cristianismo nasceu no contexto judaico e dele recebeu sua herança teológica e ética. É uma religião de liberdade no Espírito e não um conjunto de regras e ou ritos, o ênfase é sobre o relacionamento do indivíduo cristão com o Senhor Jesus Cristo ressuscitado.
Mas desde um principio o cristianismo tem enfrentado os inimigos de Deus que desejam de forte maneira colocar dentro da verdadeira Igreja de Cristo usos, costumes, ritos e chegam ao ponto de criarem suas próprias “verdades” para dessa maneira tentar iludir e desviar os santos.
Gostaria que pudéssemos analisar juntos alguns desse ataques ao verdadeiro cristianismo. O nosso desejo é que realmente possamos ajudar de modo que ninguém venha a titubear na Sana Fé em Cristo Jesus.

Cristianismo Judaizante

O cristianismo judaizante não pode ser definido como uma seita, pois, era algo que se movia dentro da Igreja e chegava a ser considerado por alguns como bom e verdadeiro. Basicamente se tratava de judeus convertidos ao cristianismo de origem farisaica, que insistia na idéia de que os gentios convertidos ao evangelho de Cristo deveriam viver como judeus segundo a lei de Moisés.
Como todos sabem os primeiros membros da Igreja eram judeus, mas conforme era expandida a pregação entre os gentios seu número aumentava, proporcionalmente o número de judeus diminuía.
Alguns judeus convertidos eram de origem farisaica e insistiam fortemente na idéia de que os gentios convertidos ao evangelho de Cristo deveriam viver como judeus segundo a lei. Assim surgi o que denominamos de “cristianismo judaizante”, um movimento com aparência cristã, mas que na verdade não passava de heresias.
A palavra judaizante vem do grego Ioudaizw (ioudaizoo), que significa viver como judeu, e está presente em uma passagem do Novo Testamento, quando Paulo repreende a Pedro.

Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus? (Gálatas 2.14).

A presença dos “judaizantes” era tão forte dentro de algumas Igrejas que nem mesmo o Concílio de Jerusalém em Atos 15, foi suficiente para fazê-los calar.
Sua principal doutrina frisava que, as pessoas que se convertem ao Evangelho de Cristo devem também praticar as Leis dadas por Moisés.
O Senhor Jesus verdadeiramente nasceu, cresceu e viveu na cultura judaica. Ele reconheceu as Escrituras Hebraicas e também a autoridade de Moisés, mas nunca pregou os costumes judaicos, nem mesmo seus apóstolos saíram pelo mundo para “judaizá-lo”.
Além disso, os judaizantes são chamados de “falsos irmãos”.

E isto por causa dos falsos irmãos que se intrometeram, e secretamente entraram a espiar a nossa liberdade, que temos em Cristo Jesus, para nos porem em servidão; (Gálatas 2.4),

Pois perturbavam as Igrejas, ensinando que os gentios deveriam tornar-se judeus para serem salvos, aparentemente falavam em nome de Tiago, mas isso foi negado no Concilio Apostólico.
Eles sem sombra de duvidas foram os piores perseguidores do Apóstolo Paulo.

Refutação

Dois sérios problemas eram vistos pelos apóstolos nessa idéia Judaizante; a ameaça da liberdade cristã e o perigo de o cristianismo tornar-se uma mera seita judaica. Isso nos faz entender porque o apóstolo Paulo foi tão duro com os Judaizantes.

Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema. (Gálatas 1.8-9)

Aplicar condutas judaicas aos novos convertidos é o mesmo que afirmar que a graça de Jesus Cristo não é suficiente para a salvação. Pois cristãos que necessitam cumprir a Lei de Moisés e ritos religiosos como condições para salvação estão colocando em dúvida o Sacrifício de Jesus naquela Cruz.
Os Judaizantes alteravam o cerne do evangelho, colocando a Lei de Moisés como complemento a Obra de Jesus, era, de fato outro “evangelho”, por esse motivo que o apóstolo Paulo os amaldiçoou. (Gálatas 1.8-9)

Por mais sincero que sejam os legalistas da Igreja da atualidade, devemos lembrar que os opositores do apóstolo Paulo também o eram, e como eles muitos hoje lutam contra a verdade do Evangelho de Jesus Cristo.


A Salvação e pela fé em Jesus Cristo!

Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada. (Gálatas 2.16)

Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas; Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;
Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus. (Romanos 3.21 a 26)


Reflita
Pr.Marcelo Shidue Barros