
Quando pessoas têm idéias valiosas, convicções éticas sólidas, vontade de desenvolver todas as possibilidades de seu ser, tendem a unir-se solidariamente e estruturar-se em comunidades.
Devido a essa união interna, uma estrutura comunitária torna-se inexpugnável. Pode ser destruída de fora para dentro com meios violentos, mas não dominada interiormente por meio de assédio manipulador.
Quando pessoas que integram uma comunidade perdem a capacidade criadora e não se unem entre si com vínculos fortes e firmes, deixam de integrar-se em uma verdadeira comunidade; tornam-se um amontoado de meros indivíduos: uma massa.
O conceito de massa é qualitativo, não quantitativo. Uma centena de pessoas que se manifestam com um sentido bem definido e ponderado não constitui uma massa, e sim uma comunidade, um povo. Duas pessoas, que compartilham a vida numa casa, mas não se encontram devidamente unidas formam uma massa.
A massa é formada por seres que agem entre si como se fossem objetos, através de justaposição e choque.
A comunidade é formada por pessoas que unem suas virtudes, valores e âmbitos de vida para dar lugar a novas metas e objetivos enriquecendo-se mutuamente.
A massa é facilmente dominável e manipulável pelos sequiosos do poder, pois não ha unidade interna.
A primeira preocupação de todo e qualquer tirano, tanto nas ditaduras como nas democracias, tanto nos centros comerciais ou nos meios religiosos, é privar as pessoas, na maior medida possível, da capacidade criadora. Tal despojamento se leva a cabo mediante as táticas de manipulação.
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